domingo, 10 de junho de 2018

TEMPO DO CANGAÇO

Virgulino Ferreira, vulgo Lampião, sertanejo, pernambucano de Serra Talhada, nasceu em 7 de julho de 1897, era filho de José Ferreira, que foi assassinado em Alagoas em 22 de abril de 1920, por esta razão, na sede de vingança, pela morte de seu pai, tornou-se bandido cruel. Foram 17 anos de bandidagem lampiônica em sete estados nordestinos; implantaram o terror por onde passavam, roubavam, matavam pessoas inocentes, sangravam e estupravam mulheres jovens e velhas.

O bando era composto de onze cangaceiros: Corisco (Diabo Louro), Arvoredo, Canjica, Zabelê, Dora, Mourão, Volta Seca, Promessa, Ceará e Pedro Cândido.

Para ser sua companheira, Lampião levou Maria Bonita de Jeremoabo, Bahia, que abandonou seu marido, que era artesão, e se juntou ao cangaceiro.

Em 1938, Corisco brigou com Lampião e o bando foi dividido em dois grupos. Com Corisco ficaram Canjica, Dora, Arvoredo e Volta Seca, cujo bando rumou de Sergipe para o interior da Bahia, onde cometeu toda espécie de atrocidades, crimes e torturas; Volta Seca matava por prazer, com um punhal de 40 centímetros de lâmina.

No dia 7 de julho de 1938, Lampião foi traído por Pedro Cândido que revelou à polícia do esconderijo onde dormia em Angico, estado de Sergipe. O chefe cangaceiro foi abatido a tiros, aos 41 anos de idade e Maria Bonita também foi morta pela polícia comandada pelo Tenente Bezerra.

As cabeças de Lampião e de Maria Bonita foram cortadas, e conduzidas para o Instituto Nina Rodrigues em Salvador.
O bando de Corisco foi acuado e abatido a tiros na Fazenda Pacheco, entre Barro Alto e Barra do Mendes, onde ocorreu pesado tiroteio com a polícia, comandada pelo Tenente José Ozório de Faria.

Corisco foi morto em maio de 1940 e sepultado em Miguel Calmon. As autoridades cortaram sua cabeça e braços e também levaram para Nina Rodrigues em Salvador. A urna que conduzia os pedaços do ‘Diabo Louro”, passou na vizinha cidade de Saúde, na viagem de trem, pela Estrada de ferro Leste Brasileiro.

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