Desde os tempos mais remotos, os transportes eram exclusivamente feito por animais domesticados, que transportavam cargas e pessoas pelas veredas ou picadas e mais tarde por caminhos estreitos. Em 1841, o “carro de boi” começou a rodar entre as propriedades rurais do Arraial para outros lugarejos. Em 1911, a estrada de ferro Viação Férrea Federal Leste Brasileiro inaugurava uma linha de transporte entre Saúde e Senhor do Bonfim. Os trens transportavam cargas e passageiros. A seguir, essa linha se estendeu até Barra do Mundo Novo. O transporte ferroviário foi um fator decisivo para a integração e desenvolvimento de toda região.
Em Caldeirão Grande, foram muito utilizadas as tropas de animais para o transporte de produtos e mercadorias, entre as localidades e cidades vizinhas. Durante muitos anos as pessoas viajavam a pé, a cavalo, de burro e jegue para todos os lugares. Chegando a cidade Saúde, embarcavam no trem pela estrada de ferro para outros lugares.
De 1913 a 1915, foram abertas estradas carroçáveis entre o arraial de Nossa Senhora da Saúde e as localidades de Grande, Jenipapo, Caém, Itapicuru e Campo do Meio. A estrada para a mina de ouro da Serra da Maravilha foi construída as expensas dos mineradores.
Em 1924, o terceiro intendente de Saúde (espécie de Prefeito), Major Ajérico Morais, amigo do Coronel Galdino Cezar Morais, prefeito de Jacobina, com o seu apoio, abriu estradas para Pindobaçu, Campo do Meio e Caldeirão Grande. A partir de 1968, o Governo Federal decretou a desativação de centenas de trechos ferroviários deficitários. O trecho entre Senhor do Bonfim a Iaçu, foi desativado causando grandes prejuízos a toda região.
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ILUMINAÇÃO
Assim como os meios de transporte e da comunicação, a iluminação também teve a sua fase mais rudimentar.
Desde as fogueiras que acendiam para clarear as noites muito escuras, para dar avisos ou para afugentar animais perigosos.
Os candeeiros e fifós, foram muito utilizados na iluminação das residências, mantidos a querosene ou gás, que na falta destes, os mais antigos usavam a criatividade queimando tiras de pano passadas na cera de abelha, que produzia claridade, ou ainda utilizavam lamparinas alimentadas com óleo de mamona e até mesmo a própria semente da mamona.
As velas ficavam reservadas para momentos especiais, como rezas, novenários, comemorações, velórios, etc.
Antes do ano de 1971, a iluminação pública de Caldeirão Grande, era feita através de um motor movido a óleo diesel e um gerador. Esse sistema fornecia energia para toda cidade, porém só funcionava à noite a partir das 18 horas e era desligado às 22 horas.
A partir daí, foi inaugurado o novo sistema de fornecimento de energia, a tão sonhada “luz de Paulo Afonso” produzida pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF).
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