LARGO ANTONIO LUIS
Outras casas foram construídas. Uma delas era do Sr Luis Correia, também proprietário das terras, que passou a residir com seus filhos: Manoel Luis e Antônio Luis, no local denominado Campo. Foi ai onde se registrou muitos acontecimentos que fazem parte da história de Caldeirão, tais como, as primeiras corridas de argolinha, festa de vaqueiro e de caçadores. De onde partiam os reisados, os ternos reis, também era o lugar onde chegavam tropas de animais carregando os produtos vindos principalmente de Vila Nova da Rainha (Senhor do Bonfim).
Nesse local, foi construído o primeiro prédio escolar, a atual Escola Rural de Caldeirão Grande, onde foram realizadas muitas festas dançantes e comemorativas, onde se costumava ouvir o inesquecível Teté e seu saxofone com as saudosas valsas e boleros.
Trago na lembrança o meu primeiro baile e de um carnaval em que a prima Célia e eu nos fantasiamos de havaianas, assim como outras garotas da época, que mais parecia uma noite no Havaí. Foi o maior sucesso. Era mesmo de se esperar, após tantos ensaios feitos. Mais tarde, a prima Célia, hoje residindo em São Paulo, veio conhecer e curtir o maior carnaval do mundo em Salvador-Bahia.
Convém mencionar que um dos filhos de Manoel Luis, foi um célebre rezador das excelências aos defuntos, assistia aos doentes e agonizantes. Era o Sr Pascoal Correia, bom benzedor, aliviava as doenças com rezas, garrafadas e mesinhas.
O antigo prédio escolar serviu de residência ao Sr. Altamiranda Maia e família, o segundo prefeito de Caldeirão Grande, de 1967 a 1970.
Nesse local, instalavam-se circos e parques de diversões e também as tendas de ciganos. Posteriormente, o Campo recebeu a denominação de Largo Antonio Luis, em homenagem ao seu primeiro morador. Até hoje, ainda existe a casa nessa rua, do próprio Antonio Luis, onde residiram outras pessoas também da família Correia. A seguir, foi cedida a pessoas carentes, e onde atualmente mora Alvino, vulgo Dabóia, conhecido coveiro do lugar.
RUA ANÍSIO FERREIRA
O nome dessa rua reporta-se ao seu antigo morador, Anísio Ferreira que era filho do Coronel Porfírio Ferreira e da Condessa Porcina Ferreira. Eram irmãos de Anísio Ferreira: Aloísio, Edísio, Dionísio (pai de Diva, conhecida professora leiga), Elvira e Felícia.
Anísio Ferreira que era agricultor e sua esposa Dona Marcelina, exímia costureira do figurino da época, tiveram dez filhos: Amerino, Ademir, Iraci, Altamira, Valter, Ademar, Maria Debla, Ferreirinha, Anisiolino e Altino, todos nascidos neste município onde viveram com seus pais.
O Sr. Ademir Ferreira, residente atualmente na Rua Hélio Correia, foi ferreiro, agricultor, dedicou-se ao comércio durante a fase contemporânea e foi Escrivão da Polícia. Hoje, aposentado, este honrado cidadão vive a bênção da longevidade junto a sua esposa Perpedina (Dona Dina), e seus filhos: Ofelândio, Ofélia, Ordélio, Onaldo, Osíris e Oldemar.
Evidentemente que a família Ferreira, em razão da sua antecedência, representa um significativo referencial quanto à origem e história de Caldeirão Grande.
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