A partir da década de 1970, os desentendimentos entre potentados e Igreja se acirraram. A Igreja que no Brasil e no mundo passava por profundas transformações após o Concílio Vaticano; o Documento de Medellín na Colômbia, em 1968 com a presença de Paulo VI; o Documento de Puebla no México, em 1979 com João Paulo II.
Sob a inspiração desses documentos, o trabalho Pastoral da Igreja à luz Opção Preferencial pelos Pobres, as dioceses passaram a elaborar seus planos pastorais com suas prioridades da ação evangelizadora:
- Na organização do povo para combater a exploração no setor de trabalho;
- Na conscientização dos direitos do cidadão;
- Organização das Classes Trabalhadoras e outras.
Foram criadas: As Comunidades Eclesiais de Base, a Pastoral da Terra, o Movimento dos “Sem Terra” e outras Pastorais.
Naquela época, a Igreja tinha em vista organizar o seu patrimônio com a documentação de seus imóveis e outros bens. Ficou definido que o templo religioso (igrejas e capelas) ficaria restritamente para uso atos religiosos. Nenhuma outra atividade fora da linha da Diocese é permitida.
Existe o conhecimento que a Igreja além das próprias celebrações, sempre teve a participação nas festas populares cívicas e sociais da comunidade, o que ora se torna proibido.
O povo confuso acostumado a uma religiosidade arraigada de séculos e tradição não podia entender o que estava sendo religião. Aquilo que era certo e verdadeiro já não tinha importância como, a preocupação em salvar as almas. O que era considerado religioso para a Igreja, não era para os católicos.
Como acabar com as devoções, os festejos aos santos, as procissões, as novenas e romarias? Como passar por cima de tudo que a Igreja construiu? Como extinguir o Sincretismo Religioso introduzido no Brasil?
Essas mudanças e questões geraram o grande conflito. E a respeito da Teologia da Libertação, ora difundida no Brasil, se sabia que Joseph Ratzinger, que é o atual Papa Bento XVI, quando era cardeal em 1977, estando no Vaticano, como assessor de João Paulo II, foram 23 anos intervindo em questões de conflito e espinhosas como essas, ficou marcado como tradicionalista, usou sua mão autoridade para defender a doutrina da Igreja e advertiu alguns importantes teólogos com tendências ligadas a Teologia da Libertação, em particular, os latino-americanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário