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Antônio Conselheiro |
Nos primeiros anos do Brasil República, andava pelos sertões da Bahia, um homem que, por onde passava, levava sua palavra de fé e conforto, anunciando dias felizes para os desesperados. Ele dizia ao povo que era enviado de Deus, para diminuir o sofrimento de todos. Seu nome era Antônio Vicente Mendes Maciel, um missionário leigo, conhecido por Antônio Conselheiro.
Um dia, cansado de tanto andar, chegando a Monte Santo, resolveu parar numa antiga fazenda, localizada às margem direita do rio Vaza Barris. Essa fazenda se chamava Canudos, onde construiu-se uma pequena igreja, foram surgindo algumas casinhas e, em pouco tempo, formou-se o arraial de Canudos. Seus moradores eram fanáticos, e acreditavam ser Antônio Conselheiro um santo, fazendo tudo que ele mandasse.
As cidades próximas começaram a ter medo dos moradores de Canudos que andavam sempre armados e não queriam trabalhar. Temendo que suas cidades fossem invadidas, pediram garantias ao governador da Bahia que, através do tenente Pires Ferreira, com alguns soldados, vieram ver o que estava acontecendo. Ao chegarem à cidade de Uauá, foram atacados pelos jagunços de Antônio Conselheiro.
Várias expedições foram feitas contra o arraial de Canudos e os jagunços conseguiram derrotá-las à bala.
Monte Santo se torna palco das atenções de poder dominante. Mas foi aí também, que os camponeses alimentaram a crença viva na libertação, lutaram raivosamente, por muito tempo e não se entregaram.
Uma expedição maior, vinda do Rio de Janeiro, conseguiu terminar a guerra, depois de cercar o arraial. Antônio Conselheiro e seus seguidores resistiram muito, e lutaram até morrer. Muitos soldados também morreram em combate.
Com o clamor de Canudos, o sangue derramado desses sertanejos, massacrados, escreve-se um capitulo importante da história político-religiosa dos sertões no nordeste da Bahia.
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