domingo, 10 de junho de 2018

AS BRAVURAS DE CANUDOS

Antônio Conselheiro
Nos primeiros anos do Brasil República, andava pelos sertões da Bahia, um homem que, por onde passava, levava sua palavra de fé e conforto, anunciando dias felizes para os desesperados. Ele dizia ao povo que era enviado de Deus, para diminuir o sofrimento de todos. Seu nome era Antônio Vicente Mendes Maciel, um missionário leigo, conhecido por Antônio Conselheiro.

Um dia, cansado de tanto andar, chegando a Monte Santo, resolveu parar numa antiga fazenda, localizada às margem direita do rio Vaza Barris. Essa fazenda se chamava Canudos, onde construiu-se uma pequena igreja, foram surgindo algumas casinhas e, em pouco tempo, formou-se o arraial de Canudos. Seus moradores eram fanáticos, e acreditavam ser Antônio Conselheiro um santo, fazendo tudo que ele mandasse.

As cidades próximas começaram a ter medo dos moradores de Canudos que andavam sempre armados e não queriam trabalhar. Temendo que suas cidades fossem invadidas, pediram garantias ao governador da Bahia que, através do tenente Pires Ferreira, com alguns soldados, vieram ver o que estava acontecendo. Ao chegarem à cidade de Uauá, foram atacados pelos jagunços de Antônio Conselheiro.

Várias expedições foram feitas contra o arraial de Canudos e os jagunços conseguiram derrotá-las à bala.
Monte Santo se torna palco das atenções de poder dominante. Mas foi aí também, que os camponeses alimentaram a crença viva na libertação, lutaram raivosamente, por muito tempo e não se entregaram.

Uma expedição maior, vinda do Rio de Janeiro, conseguiu terminar a guerra, depois de cercar o arraial. Antônio Conselheiro e seus seguidores resistiram muito, e lutaram até morrer. Muitos soldados também morreram em combate.
Ilustração de Canudos no tempo do Conselheiro
Com o clamor de Canudos, o sangue derramado desses sertanejos, massacrados,  escreve-se um capitulo importante da história político-religiosa dos sertões no nordeste da Bahia.

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