terça-feira, 12 de junho de 2018

TERRA DO LICURI

Debaixo desse céu de anil,
Entre vales e serras do sertão,
Balançam as palhas altaneiras,
Longas, belas, verdejantes,
Em perene saudação
Aos caldeirãograndenses!

Os altivos licurizeiros,
De seus doirados cachos,
Pendem os coquinhos bem amarelos,
Que caídos ao chão, maduros,
Saboreiam os animais,
Do gostoso e suculento mel.

Pérola do semiárido baiano,
É subsistência de muitos,
Nasce, floresce e dá frutos,
Na terra seca, poeirenta,
De Novembro, ao mês de abril,
E se colhe o ano inteiro.

Onde a arara-azul-de-lear, alça voo
Vem cortar o licuri com o bico,
Retirar-lhe os bagos,
E se alimentar!

Na Terra do Licuri,
Quando a chuva cai
A vida na mata brota...
Renasce toda verde e florida,

As pranteadas palmas,
Sempre inclinadas,
Vivem a clamar
A todos os ventos
Pela defesa e proteção
Do meio ambiente.

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