quinta-feira, 7 de junho de 2018

SENHOR JUJU, MANOEL DA PEDREIRA, Sr. VITORINO, Sr. ALÍPIO e SEU MANOEL GASOLINA



SENHOR JUJU

Jorge Gonçalves da Silva oriundo do Recôncavo Baiano, nasceu em 11\O8\1938, filho de Germino Gonçalves da Silva e de Ricardina Idelfonsa de Souza. Ainda criança veio para Caldeirão Grande onde aqui fez registro de nascimento e adotou como terra natal. Muito cedo demonstrou a vocação de pedreiro, dedicando-se a esta profissão, sendo responsável pela construção de inúmeras residências e prédios públicos desta cidade. Dentre essas, a construção do Colégio Cenecista e o Colégio Estadual.  Nessa atividade, empreendeu-se  nas obras de expansão e urbanização de algumas ruas, hoje centrais.
       
Casou-se com Dona Erundina Neves dos Santos, natural desse município e tiveram sete filhos: Joevan, Elian, Wilson, Nancy, Décio, Maria Dirce e José.

Ocupou o cargo de Subdelegado de Polícia deste município no período de 1980 a 1982.
       
Homem de fé, católico convicto, guardava no seu semblante introvertido e bem humorado a grande preocupação com o bem-estar das pessoas. Nesse intuito dedicou parte do seu tempo a ajudar a quem necessitava, buscando proporcionar-lhe melhor condição social, encaminhou benefícios de aposentadoria e colaborou na construção de moradias para carentes na cidade e na zona rural.
       
Seu Juju, como era conhecido, faleceu em 16/ 04/ 1986, aos 46 anos de idade.


MANOEL DA PEDREIRA

Manoel Mendes dos Santos, natural de Santa Luz, filho de Pantaleão dos Santos e Maria Perpétua dos Santos, desde garoto já trabalhava em pedreiras e continuou com essa atividade, passando por vários lugares, desse modo, conheceu Amélia Fabiana dos Santos, em Mairi, filha de José Martins e de Maria Fabiana de Jesus, casaram-se nesse município e residiram inicialmente em Santa Luz, onde viveram com seus 14 filhos, dos 16 que tiveram.

A seguir vieram para Saúde e depois para Caldeirão Grande, em 1971, na administração do ex-prefeito Nelson Santana; Seu Manoel, sempre trabalhando nas pedreiras, no corte de pedras para alicerces, britas, paralelepípedos etc., e na atividade da lavoura. Residiram na Rua da Matriz e se mudaram para a antiga Rua do Pó, atual da Rua Tiradentes.

Em 1997, Seu Manoel da Pedreira, assim conhecido de todos, deixou nosso convívio; sua esposa, Dona Amélia, nos fala emocionada, da sua história, da dedicação de seu companheiro, do seu grande amor e sacrifício a essa terra... e com raro brilho do olhar, ela afirma:

“Eu amo demais Caldeirão Grande. Aqui sou feliz, onde criamos nossos filhos, foram educados, trabalham e residem todos, exceto duas filhas, que moram fora. Aqui também tenho a companhia dos meus netos, bisnetos, tetranetos e muitas amizades.”

 Sr. VITORINO

O Senhor Vitorino, veio da Fazenda Rio das Pedras, e casou-se com Dona Felismina, nesse município, onde morou na Fazenda Junco com sua família.

Homem muito conhecido de todos, de grande saber popular no campo dos remédios, sabia passar a receita certa para todos os males, através do sistema de homeopatia. Possuía cerca de duas mil fórmulas e sabia preparar, cuidadosamente, cada uma delas. Conhecedor do mundo das plantas utilizava o poder das raízes, folhas, sementes, na preparação de inúmeros remédios.

Gostava muito de ensinar, de transmitir seus conhecimentos, dessa forma, foi professor de várias pessoas, que segundo informação, João Bezerra, foi um dos seus notáveis alunos.

 Sr. ALÍPIO

Alípio Fernandes Cerqueira, natural de Maragogipe, nasceu em 15 de setembro de 1910. Veio para Caldeirão Grande e. de seu primeiro casamento, nasceram quatro  filhos. Depois se casou com Aniceta Maria de Jesus, com a qual viveu 50 anos de harmonia e boa vivência. Foi servidor público em São Paulo, na área de educação. Faz pouco tempo, que ele se foi. A sua lembrança permanece passando pela rua, no correio, alegre, entusiasmado com as idas e vindas para São Paulo, com cerca de 90 viagens.
Espírito jovem, extrovertido, inteligente, imbatível na matemática, guardava as datas e acontecimentos na sua memória.
Como bom jogador de dominó, tinha o seu lugar de destaque no Quiosque de Dinho e no CONVIVER, era sempre o vencedor. Costumava dizer: ”Eu nasci para ganhar, jamais para perder”.
Faleceu aos 97 anos de idade, nos deixando grade lição de fé e otimismo.

SEU  MANOEL  GASOLINA

         Manoel Tomaz dos Santos, veio de Salvador-BA, para Lagoa da Canabrava, Jacobina, a seguir foi trabalhar em Saúde para os Pereiras. Foi carregador do caminhão de Ioiô, do Mack de Edgard Pereira, carregava gasolina em vasilhames para ser vendido.  O produto era colocado numa pequena bomba manual, para o abastecimento; daí, ele ficou sendo conhecido de todos por Seu Manoel Gasolina, que era dotado de uma grande força, enchia os pneus com facilidade e rapidez.
         Veio para Caldeirão Grande, sendo um dos primeiros funcionários da Prefeitura, para cuidar da Limpeza Pública da cidade que, juntamente a Antônio Surdo, Chico Timóteo, Manoel Carrola, prestaram muitos serviços  à comunidade, derramando seu suor nessa terra.
         Este homem simples, alegre, de muitas histórias, viveu a bênção da longevidade, com um centenário de existência; viu o nascimento e o crescimento de Caldeirão Grande, tendo  a alegria de seus seis filhos, netos, bisnetos, tetranetos e amigos.  
         Partiu para a eternidade no dia 16 de abril de 2009, deixando- nos uma grande lição  de vida e muitas amizades.




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