SENHOR JUJU
Jorge Gonçalves da Silva oriundo do Recôncavo Baiano, nasceu em
11\O8\1938, filho de Germino Gonçalves da Silva e de Ricardina Idelfonsa de
Souza. Ainda criança veio para Caldeirão Grande onde aqui fez registro de
nascimento e adotou como terra natal. Muito cedo demonstrou a vocação de
pedreiro, dedicando-se a esta profissão, sendo responsável pela construção de
inúmeras residências e prédios públicos desta cidade. Dentre essas, a
construção do Colégio Cenecista e o Colégio Estadual. Nessa atividade, empreendeu-se nas obras de expansão e urbanização de
algumas ruas, hoje centrais.
Casou-se com Dona Erundina Neves dos
Santos, natural desse município e tiveram sete filhos: Joevan, Elian, Wilson,
Nancy, Décio, Maria Dirce e José.
Ocupou o cargo de Subdelegado de Polícia
deste município no período de 1980 a 1982.
Homem de fé, católico convicto, guardava no
seu semblante introvertido e bem humorado a grande preocupação com o bem-estar
das pessoas. Nesse intuito dedicou parte do seu tempo a ajudar a quem
necessitava, buscando proporcionar-lhe melhor condição social, encaminhou
benefícios de aposentadoria e colaborou na construção de moradias para carentes
na cidade e na zona rural.
Seu Juju, como era conhecido, faleceu
em 16/ 04/ 1986, aos 46 anos de idade.
MANOEL
DA PEDREIRA
Manoel Mendes dos Santos, natural de Santa Luz, filho de Pantaleão dos
Santos e Maria Perpétua dos Santos, desde garoto já trabalhava em pedreiras e
continuou com essa atividade, passando por vários lugares, desse modo, conheceu
Amélia Fabiana dos Santos, em Mairi, filha de José Martins e de Maria Fabiana
de Jesus, casaram-se nesse município e residiram inicialmente em Santa Luz,
onde viveram com seus 14 filhos, dos 16 que tiveram.
A
seguir vieram para Saúde e depois para Caldeirão Grande, em 1971, na
administração do ex-prefeito Nelson Santana; Seu Manoel, sempre trabalhando nas
pedreiras, no corte de pedras para alicerces, britas, paralelepípedos etc., e
na atividade da lavoura. Residiram na Rua da Matriz e se mudaram para a antiga
Rua do Pó, atual da Rua Tiradentes.
Em
1997, Seu Manoel da Pedreira, assim conhecido de todos, deixou nosso convívio;
sua esposa, Dona Amélia, nos fala emocionada, da sua história, da dedicação de
seu companheiro, do seu grande amor e sacrifício a essa terra... e com raro
brilho do olhar, ela afirma:
“Eu
amo demais Caldeirão Grande. Aqui sou feliz, onde criamos nossos filhos, foram
educados, trabalham e residem todos, exceto duas filhas, que moram fora. Aqui
também tenho a companhia dos meus netos, bisnetos, tetranetos e muitas
amizades.”
Sr. VITORINO
O
Senhor Vitorino, veio da Fazenda Rio das Pedras, e casou-se com Dona Felismina,
nesse município, onde morou na Fazenda Junco com sua família.
Homem
muito conhecido de todos, de grande saber popular no campo dos remédios, sabia
passar a receita certa para todos os males, através do sistema de homeopatia. Possuía
cerca de duas mil fórmulas e sabia preparar, cuidadosamente, cada uma delas. Conhecedor do mundo das plantas utilizava o poder das raízes, folhas,
sementes, na preparação de inúmeros remédios.
Gostava
muito de ensinar, de transmitir seus conhecimentos, dessa forma, foi professor
de várias pessoas, que segundo informação, João Bezerra, foi um dos seus
notáveis alunos.
Sr. ALÍPIO
Alípio
Fernandes Cerqueira, natural de Maragogipe, nasceu em 15 de setembro de 1910.
Veio para Caldeirão Grande e. de seu primeiro casamento, nasceram quatro filhos. Depois se casou com Aniceta Maria de
Jesus, com a qual viveu 50 anos de harmonia e boa vivência. Foi servidor
público em São Paulo, na área de educação. Faz pouco tempo, que ele se foi. A
sua lembrança permanece passando pela rua, no correio, alegre, entusiasmado com
as idas e vindas para São Paulo, com cerca de 90 viagens.
Espírito
jovem, extrovertido, inteligente, imbatível na matemática, guardava as datas e
acontecimentos na sua memória.
Como
bom jogador de dominó, tinha o seu lugar de destaque no Quiosque de Dinho e no
CONVIVER, era sempre o vencedor. Costumava dizer: ”Eu nasci para ganhar, jamais
para perder”.
Faleceu
aos 97 anos de idade, nos deixando grade lição de fé e otimismo.
SEU MANOEL
GASOLINA
Manoel Tomaz dos Santos, veio de
Salvador-BA, para Lagoa da Canabrava, Jacobina, a seguir foi trabalhar em Saúde
para os Pereiras. Foi carregador do caminhão de Ioiô, do Mack de Edgard
Pereira, carregava gasolina em vasilhames para ser vendido. O produto era colocado numa pequena bomba manual,
para o abastecimento; daí, ele ficou sendo conhecido de todos por Seu Manoel
Gasolina, que era dotado de uma grande força, enchia os pneus com facilidade e
rapidez.
Veio para Caldeirão Grande, sendo um
dos primeiros funcionários da Prefeitura, para cuidar da Limpeza Pública da
cidade que, juntamente a Antônio Surdo, Chico Timóteo, Manoel Carrola,
prestaram muitos serviços à comunidade,
derramando seu suor nessa terra.
Este homem simples, alegre, de muitas
histórias, viveu a bênção da longevidade, com um centenário de existência; viu
o nascimento e o crescimento de Caldeirão Grande, tendo a alegria de seus seis filhos, netos,
bisnetos, tetranetos e amigos.
Partiu para a eternidade no dia 16 de abril
de 2009, deixando- nos
uma grande lição de vida e muitas
amizades.
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