domingo, 10 de junho de 2018

NOSSO FOLCLORE

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Pedras Encantadas na Lagoa Municipal


A ORIGEM DAS PEDRAS ENCANTADAS


No tempo em que o pequeno Povoado de Caldeirão Grande, se formava, contam os mais antigos moradores do lugar, que utilizavam a água das cacimbas, que existiam e mais tarde, vieram a formar a Lagoa que, num certo dia da Quaresma, duas senhoras, chamadas Antônia e Vitalina, com o seu filho Vital, de apenas cinco anos de idade, encontravam-se, bem cedo, à beira do tanque maior, esperando a água minar, para encher os dois potes, utilizando-se de cuias (vasilhas feitas de  cabaças), enquanto isso, discutiam sobre quem deveria pegar a água por primeiro. Chegaram a trocar palavrões e agrediram-se com tapas, desconsiderando o respeito de comadres, que deveriam ter uma como a outra.

Subitamente, após se ouvir um enorme estrondo, o mais cruel castigo caiu sobre as mulheres, transformando-se em duas grandes pedras. Porém, a natureza não querendo para o menino o trágico destino de ficar sem mãe, o transformou também, em uma pedra menor.

Esta é a origem das “Pedras Encantadas”, existentes na Lagoa de Caldeirão Grande, em frente às casas da Rua da Lagoa que, conforme sua história, passada de geração a geração, elas jamais poderão ser retiradas dali.

A COBRA ENCANTADA

Contam os mais velhos que nas imediações da “Laje do Bró”, naquela época, eram matas verdes; existia ai uma cobra. As pessoas costumavam vê-la, porém ao aproximar-se dela, a mesma sumia como por encanto; por isso, ela ficou conhecida como “a cobra encantada” por todos que passavam para pegar água na laje ou mesmo quando ali se encontravam a preparar a massa do bró.

Seu Manoel Inocêncio, que morava por perto, sempre viu essa cobra, olhando do quintal da sua casa, onde é a atual residência de Seu Amado, na Rua da Matriz.

Seu Didi também viu a serpente enrolada no tronco da árvore, e ainda lembra que quando fez a derrubada de árvores desse local, roçava os matos para  fazer roça, foi essa a última vez, que a viu, porque ela partiu para o universo encantado, pois não era esse o seu mundo, ela morava num enorme tronco de uma árvore, estava aí a  guardar um antigo tesouro escondido.
Ilustração da “Cobra Encantada”


O BICHO ROLANTE

Muitas pessoas contam sobre a existência de uma figura muito esquisita, que aparecia nas matas, desde os tempos mais remotos.

Era um monstro com a aparência de uma gigante bola a rolar. Por esta razão, ficou sendo chamado de “bicho rolante”, que na maioria das vezes, rolava, rolava e ia desaparecer à frente de alguma casa. Também, despencava-se da grande altura das serras, seguia rebolando, acompanhado por um barulho que se ouvia a léguas e léguas de distância, indo espojar-se nas águas do açude, da lagoa, ou outra aguada, à proporção que diminuía de tamanho até sumir, como por encanto, da visão das pessoas.

E foi assim que Elza de Rodrigo com seus irmãos Leto, Nino e Euza, filhos de Antônio e Izaltina, ao voltarem para casa, na fazenda Mulungu, onde moravam, depararam com o “bicho rolante” e não houve outro jeito, senão fugirem depressa, apavorados. O fato é, que até hoje, ninguém sabe explicar a sua origem.
Ilustração do “Bicho Rolante”

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