Feliz da pessoa que durante sua vida semeia a boa semente. Naturalmente colhe bons frutos e flores perfumadas sempre.
Paulo José de Santana nasceu a 25 de janeiro de 1902, em Umburanas, município de Senhor do Bonfim, filho de Jesuíno José de Sant’Anna e de Benta Maria de Jesus, que eram agricultores; moradores dos mais antigos e proprietários de muitas terras da região.
Seus avós paternos eram Manoel José de Sant'Anna e Antônia Sant’Anna e maternos eram, Victorino José Pereira e Antônia Maria Pereira. Ainda garoto, veio para a cidade de Bonfim de Vila Nova, para estudar, tendo cursado apenas até o 3° ano primário. O Senhor Paulino, assim conhecido de todos; a seguir montou uma barbearia nas proximidades da Estação Ferroviária, em frente ao Hotel da Leste, onde atendia com dedicação a uma clientela de viajantes e da cidade, durante nove anos. Mais tarde, trabalhou como agente da “SINGER”, na venda de máquinas, viajando por toda Bahia e região; foi assim que, chegando em Saúde, conheceu Maria Izabel, bela jovem, natural de Caldeirão Grande, filha de Pedro Dias Bezerra e de Avelina Alves Brasileiro, nascida em 14 de junho de 1920.
Casaram-se em 1938, nesse município e foram residir em Senhor do Bonfim, onde nasceram seus 13 filhos: Paulo, Francisco, Pedro, Mariza, Noizete, Pedro II, Marinalva, Marizete, José, Edmar, Marcos, Petrônio, João e Leda (adotiva). De inicio, moraram na Rua Dr. Costa Pinto. Por motivos de doença, não foi possível continuar viajando. Então deu inicio a atividade comercial, com uma casa de produtos alimentícios em geral, situada onde é a atual Caixa Econômica. Fixaram residência à Rua Antônio Laurindo, e moraram também, na Rua 2 de Julho e na Rua Mariano Ventura.
Dedicou-se ao ramo de padaria, por muitos anos, fornecendo grande variedade de pães e fazendo entrega para os povoados próximos, passando essa experiência para Paulo, o seu Filho mais velho e a outras pessoas. Sua esposa, sempre batalhadora, ao seu lado, tendo a função de costureira; deu aulas de corte e costura, com certificado a várias turmas, particular e para instituições, como o Círculo Operário, Artesanato Patrocínio São José, etc.
No dia 22 de outubro, data do meu aniversário de nascimento, no ano de 1994, você partiu para o outro lado vida e, como que tudo não passasse, eu confesso: Não tive a capacidade de conciliar a natureza cruel desse momento.
Até hoje, tenho guardadas as suas belas cartas, a mim enviadas, quando me encontrava distante, a expressar muitas saudades. As folhas tornaram-se amareladas, algumas letras e linhas cortadas pelas manchas da tinta da caneta-tinteiro, porém, quanto mais o tempo passa, mais se tornam preciosas e insubstituíveis as suas sábias palavras, retratando o seu perfil, as suas experiências e lições de vida. A sua história que permanece... Meu saudoso pai.
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